quinta-feira, 17 de setembro de 2009

amor-platonico

Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que a admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível
E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
É a minha angustia
Ao anoitecer
Você é o brinquedo caro
E eu a crianca pobre
O menino solitario que quer ter o que não pode
Dono de um amor sublime
Mas culpado por quere-la
Como quem a olha na vitrine
Mas jamais podera te-la
Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
É como um filme banal
Entre o figurante e a atriz principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final

Nenhum comentário: